Habitat e Distribuição:
Planta hemiparasita perene da Europa e Ásia Setentrional, que cresce sobre as latifólias, principalmente macieiras e pereiras. Encontra-se no Continente parasitando os ramos de pereiras, macieiras, choupos e tílias, especialmente no Alto Minho e Extremadura.
Partes Utilizadas:
As folhas e os rebentos.
Constituintes:
Glicoproteínas (lectinas) com cerca de 11% de glúcidos: polipeptídeos. 0,05 a 0,1% (viscotoxinas); mucilagens (viscina, galacturanas, arabinogalactanas); fenilpropanos; linhanos; flavonoides (derivados do quercetol, ramnetina); tiramina e outras aminas; saponósidos triterpénicos; ácidos fenilcarboxílicos (ácido cafeico); triterpenos; glucósido cardiotónico (visvoflavína).
Utilizações:
Como imunoestimulante em doenças tumorais. Doenças inflamatórias articulares.
Contraindicações:
Infeções crónicas e progressivas e febre alta, contraindicam formas injetáveis. Hepatites. Gravidez, aleitação e crianças. Não associar a fármacos antidepressivos do tipo IMAO (possibilidade de crise hipertensiva pela tiramina), nem com cardiotónicos devido à viscoflavina.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
A administração, principalmente, por via parenteral, origina, com frequência, efeitos alérgicos, tipo histamínicos.
Formas de Administração e Posologia:
Infusão: 2 a 3 g por chávena, 2 chávenas por dia, depois das refeições.
Pó: 1 a 1,5 g por dia, em cápsulas de 200 mg.
Extrato fluido (1:1): 1 a 3 ml, 3 vezes por dia.
Tintura (1:10): 30 gotas, 3 vezes por dia.
Evidência Científica:
Segundo W Tröger et al. Eur J Cancer. 2013, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado, foi concluído que a terapia com Viscum album demostrou um prolongamento significativo e clinicamente relevante da sobrevida global. Os resultados do estudo sugerem que o Viscum album é uma terapia de segunda linha não tóxica e eficaz que oferece um prolongamento da sobrevida geral, bem como menos sintomas relacionados à doença para pacientes com cancro do pâncreas localmente avançado ou metastático.