Valeriana

Valeriana (Valeriana officinalis L.)

Habitat e Distribuição:

Planta vivaz, nativa da Europa (exceto zona mediterrânica) e Ásia Setentrional em lugares húmidos, principalmente nas florestas e margens dos rios. Muito cultivada na Europa Central e Oriental.

Partes Utilizadas:

Rizomas e Raízes.

Constituintes:

Sesquiterpenos neutros de natureza alcoólica (valerenal), ésteres do valerenol, aldeídos (valerenal) e ácidos (valerénico, acetovalerénico e hidroxivalerénico). Iridoides (triésteres de álcoois ciclopentapirânicos) os valpotriatos (0,5 a 1%) sendo o composto maioritário o valtrato. Ácido γ-aminobutírico (GABA); óleo essencial (0,2 a 1%) com hidrocarbonetos mono e sesquiterpénicos, ésteres do borneol e do ácido isovalérico; flavonoides derivados de iridóides; glutamina e arginina; vestígios de alcaloides (0,5 a 1%). A F. P. 9 indica o teor mínimo de 5 ml/kg de óleo essencial no fármaco inteiro e de 3 ml/kg no fragmentado.

Utilizações:

Relaxantes do sistema nervoso, sendo amplamente utilizada no tratamento da ansiedade. Melhora o humor. Eficaz no tratamento das insónias, pois promove e melhora a qualidade do sono, permitindo um sono mais profundo e reparador. Utilizada tradicionalmente nos espasmos intestinais e cólicas causadas pelo stress. Mantém a estabilidade neuro cardíaca, sendo por isso utilizada no tratamento de palpitações e arritmias agravadas pelo stress. Vaso dilatador coronário. Potencia o efeito de outras plantas, sendo adicionada ao Espinheiro Branco nas doenças cardiovasculares, à Erva-Cidreira e à Papoila na hiperatividade, insónia e enurese noturna das crianças e ao Hipericão e Lúpulo na ansiedade e depressão.

Valeriana

Efeitos Secundários e Toxicidade:

Quando é prescrita por longos períodos, podem aparecer dores de cabeça, alterações cardíacas e midríase.

Formas de Administração e Posologia:

Infusão: 2 a 3 g por chávena, 3 chávenas por dia.

Tintura (1:5): 50 a 100 gotas, 1 a 2 vezes por dia.

Extrato seco (5:1): 0,3 a 1,2 g por dia.

Evidência Científica:

Segundo Simin Taavoni et al. Menopause. 2011, através do presente ensaio clínico randomizado, triplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a valeriana melhora a qualidade do sono em mulheres na menopausa que sofrem de insónia. Os resultados deste estudo adicionam suporte à eficácia relatada da valeriana no tratamento clínico da insónia.

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