Habitat e Distribuição:
Subarbusto rasteiro da Europa, naturalizado em todo o hemisfério Setentrional, crescendo em terrenos húmidos e com vegetação rasteira, charnecas e prados. Aparece nas montanhas do Norte do Continente.
Partes Utilizadas:
Folhas.
Constituintes:
Heterósidos hidroquinónicos (arbutósido 6 a 10%, metil-arbutósido); abundantes taninos hidrolisáveis e condensados (15 a 20%); pigmentos flavónicos derivados do quercetol; abundantes triterpenos pentacíclicos (ácido ursólico, β-amirina); piceósido (iridóide heterosidico); flavonoides (hiperósido); alantoina. A F. P. 9 indica que as folhas secas devem conter pelo menos 8% de derivados hidroquinónicos, expressos em arbutina anidra.
Utilizações:
Infeções urinárias.
Contraindicações:
Gravidez e aleitação. Gastrites, úlcera gastroduodenal, pois o elevado teor de taninos pode irritar a mucosa gástrica. Não usar em crianças com menos de 12 anos, devido a possível hepatoxicidade dos compostos hidroquinónicos. As preparações com folhas de uva-ursina não devem ser administradas conjuntamente com fármacos que acidifiquem a urina, pois reduzem o efeito antibacteriano.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
Em doentes gastro-sensíveis e em crianças podem aparecer náuseas e vómitos. Devido ao elevado teor de taninos, não deve ser usada, internamente, em tratamentos prolongados.
Formas de Administração e Posologia:
Infusão: 3 g em 150 ml de água, 2 a 3 vezes por dia.
Tintura (1:10): 50 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
Extrato seco (5:1): 0,3 a 1 g por dia.
Evidência Científica:
Segundo Kathleen A Head; Altern Med Rev. 2008, através da presente revisão sistemática foi concluído que fitoterápicos como a uva ursi, podem ser eficazes ao primeiro sinal de infeção do trato urinário inferior e para profilaxia de curto prazo.