Habitat e Distribuição:
Árvore da América tropical, desde o México até à Argentina. No Brasil encontra-se a maior distribuição. Dá-se bem em terrenos montanhosos. Hoje é cultivada.
Partes Utilizadas:
Cascas e lenho, por vezes.
Constituintes:
Derivados naftoquinónicos 2 a 7%, (lapachol, L-menaquinona, α-lapachona e β-lapachona); flavonoides (derivados da quercetina); óleo essencial; resinas; constituintes amargos (tecomina); sais minerais; alcaloides; antraquinonas; saponinas; derivados do ácido benzóico.
Utilizações:
Anemias, pelo aumento da produção de glóbulos vermelhos e hemoglobina através do estímulo da medula óssea. Ação de que também resulta uma maior produção de glóbulos brancos. Características que justificam a sua ampla utilização em pacientes oncológicos a fazer quimioterapia, de forma a reduzir os efeitos secundários desta e concomitantemente a estimular o sistema imunitário a lutar contra a patologia. Ação antibiótica sendo por isso aconselhado como coadjuvante na prevenção e tratamento de gripes, amigdalites, bronquites e infeções urinárias. Pela sua ação regeneradora dos tecidos é muito utilizado na cicatrização de feridas externas ou internas (úlceras de estomago ou duodeno).
Contraindicações:
Gravidez (popularmente usou-se como abortivo).
Efeitos Secundários e Toxicidade:
Em doses altas, o lapachol pode originar náuseas, vómitos e aumento do tempo de protrombina (efeito anticoagulante).
Formas de Administração e Posologia:
Tintura (1:5): 50 a 100 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
Xarope: 2 a 4 colheres de sopa por dia.
Comprimidos: até 1 g por dia.
Evidência Científica:
Segundo Jianmei Zhang et al. Molecules. 2020, através da presente revisão sistemática foi concluído que o pau-d’arco pode constituir-se como uma nova estratégia na prevenção e tratamento de distúrbios imunitários.