Passiflora

Passiflora (Passiflora incarnata L.)

Habitat e Distribuição:

Trepadeira arbustiva, espontânea na América tropical, desde o Sul dos Estados Unidos da América e México até ao Brasil, hoje cultivada na região mediterrânica, nos Estados Unidos da América e Índia. Em Portugal é cultivada, para a obtenção de frutos, A Passiflora edulis.

Partes Utilizadas:

Partes aéreas.

Constituintes:

Flavonoides (1,5 a 2,2%), sendo os constituintes principais os C-heterósidos de flavonas (chaftósido, isochafitósido, isovitexina, orientina, vitexina); fitosteróis; derivados da cumarina; pequena quantidade de óleo essencial; glúcidos diversos; glicoproteínas e aminoácidos livres; vestígios de alcaloides indólicos; glicósidos cianogenéticos (menos de 1%). A F. P. 9 indica que deve conter, no mínimo, 1,5% de flavonoides totais, expressos em vitexina, em relação ao fármaco seco.

Utilizações:

Irritabilidade, ansiedade, insónia, taquicardia, vertigens, hipertensão arterial, palpitações, transtornos nervosos. Dispepsia nervosa, cólicas intestinais e dismenorreias espasmódicas. Dores de cabeça e enxaqueca. Dores musculares. Potencia o efeito do Hipericão na depressão.

Passiflora

Contraindicações:

Não associar com bebidas alcoólicas, medicamentos sedativos, anti-histamínicos e inibidores da monoaminoxidase.

Efeitos Secundários e Toxicidade:

Em algumas pessoas pode produzir uma certa sonolência.

Formas de Administração e Posologia:

Infusão: 1 colher de sobremesa por chávena, 3 chávenas por dia.

Tintura (1:5): 50 a 100 gotas, 3 vezes por dia.

Comprimidos: 500 a 1000 mg, 2 a 3 vezes por dia.

Evidência Científica:

Segundo Jeewon Lee et al. Int Clin Psychopharmacol. 2020, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a passiflora demonstrou efeitos positivos nos parâmetros objetivos do sono, incluindo o tempo total de sono, em adultos com transtorno de insónia.

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Segundo S Akhondzadeh et al. J Clin Pharm Ther. 2001, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Passiflora é eficaz no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada, sendo a baixa incidência de comprometimento do desempenho no trabalho com o extrato de Passiflora em comparação com o oxazepam uma vantagem.

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