Espinheiro Branco (Crataegus laevigata Poir. sin. Crataegus oxyacantha Jacq.)

Habitat e Distribuição:

Arbusto do Centro e Sul da Europa e do Canadá, espontâneo nos matos e sebes em todos os solos.

Partes Utilizadas:

Bagas (pseudo-fruto). A F. P 9 também admite as partes aéreas floridas, permitindo a utilização de Crataegus oxyacantha Jacq. ou seus híbridos.

Constituintes:

Flavonoides (bagas 1%, partes aéreas floridas 1,5%) sendo o hiperósido e a rutina (0,17%) maioritários, para além de 2″-ramnosil-vitexina, de O-heterósidos de quercetina, de C-heterósidos da apigenina e de luteolina; proantocianidinas oligoméricas (1 a 3%), dímeros do epicatecol; feniletilaminas; ácidos fenólicos; ácidos triterpénicos pentacíclicos; fitosteróis. Segundo a F. P. 9 devem existir nas bagas, pelo menos, 1% de proantocianidinas, expressas em cloreto de cianidina.

Utilizações:

Insuficiência cardíaca fase I e II da classificação funcional da NYHA e arritmias cardíacas; como regulador da pressão arterial e sedativo (nervosismo, opressão no peito, taquicardia, dificuldade em respirar, angústia, insónias).

Espinheiro Branco

Contraindicações:

Não associar a heterósidos cardiotónicos, beta-bloqueantes, hipotensores, nem a benzodiazepinas. Não deve ser usado durante a gravidez nem na aleitação.

Efeitos Secundários e Toxicidade:

Pouco tóxico, no entanto em doses não terapêuticas pode produzir depressão respiratória e cardíaca. Recomenda-se não ultrapassar as doses de referência e fazer diariamente o controlo da pressão arterial.

Formas de Administração e Posologia:

Infusão: 1 colher de sobremesa por chávena, 3 chávenas por dia.

Tintura (1:5): 50 a 100 gotas antes de cada refeição.

Extrato seco (5:1): 0,3 a 0,5 g, 2 vezes por dia. 

Evidência Científica:

Segundo G G Belz et al. Phytomedicine. 2002, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Crataegus reduz a queda da tensão arterial na hipotensão ortostática.

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Segundo Rainer Schandry e Stefan Duschek; Phytomedicine. 2008, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Crataegus induziu efeitos benéficos na pressão sanguínea em repouso e no desempenho cognitivo perante hipotensão crónica.

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Segundo S Asgary et al. Drugs Exp Clin Res. 2004, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Crataegus apresenta um efeito anti-hipertensivo ao induzir uma diminuição significativa na pressão arterial sistólica e diastólica após 3 meses.

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Segundo G Zapfe jun; Phytomedicine. 2001, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Crataegus é clinicamente eficaz em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva correspondente à classe II da NYHA.

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