Habitat e Distribuição:
Planta herbácea vivaz, das regiões meridionais da Europa, Ásia e Norte de África. Também cultivada em lugares húmidos e sombrios em diversas zonas temperadas e quentes. Encontra-se disseminada pelos lugares sombrios e húmidos do Continente e Madeira. Também é cultivada.
Partes Utilizadas:
Folhas, partes aéreas floridas e óleo essencial.
Constituintes:
Flavonoides; ácidos e ésteres fenólicos (ácido cafeico, ácido rosmarínico e outros); óleo essencial (0,02 a 0,2%) onde predominam os aldeídos monoterpénicos (citronelal e citral), outros monoterpenos (linalol, geraniol, citronelol, e α-terpineol) e sesquiterpenos (β-cariofileno e germacreno D); mucilagens poliurónicas. A F.P. 9 refere que o fármaco deve conter, no mínimo, 4,0% de derivados hidroxicinâmicos totais, expressos em ácido rosmarínico.
Utilizações:
Muito utilizada para o tratamento de problemas digestivos (colites, espasmos gastrointestinais, meteorismo, enfartamentos) pelas suas ações carminativas, espasmolíticas e coleréticas, principalmente quando acompanhados de um quadro de ansiedade. Atua ao nível do sistema nervoso central potenciando a ação de um neurotransmissor, a acetilcolina, razão pela qual é atualmente utilizada na doença de Alzheimer. Nervosismo, insónias, palpitações nervosas, sendo que nestes casos é normalmente associada a outras plantas como a Camomila, o Lúpulo, a Passiflora ou a Valeriana com o objetivo de potenciar a sua ação terapêutica.
Para além da ingestão oral, pode ser adicionada à água do banho atuando por via tópica como sedativo e relaxante muscular. Ideal para um banho de imersão juntamente com a Alfazema e a Camomila antes de deitar.
Contraindicações:
Não são conhecidas.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
Por vezes o efeito sedativo é antecedido de um curto período de excitação.
Formas de Administração e Posologia:
Infusão: 1,5 a 3,5 g por chávena, 3 chávenas por dia.
Tintura (1:5): 50 a 100 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
Extrato seco (5:1): 500 mg, 2 vezes por dia.
Evidência Científica:
Segundo Habib Haybar et al. Clin Nutr ESPEN. 2018, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído a suplementação durante 8 semanas com 3 g de Melissa officinalis, pode diminuir a depressão, ansiedade, stress e distúrbios do sono em pacientes com angina estável.
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Segundo Moeko Noguchi-Shinohara et al. Sci Rep. 2020, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Melissa officinalis, rico em ácido rosmarínico, pode ajudar a prevenir o agravamento dos sintomas neuropsiquiátricos relacionados com a doença de Alzheimer.