Cavalinha

Cavalinha (Equisetum arvense L.)

Habitat e Distribuição:

Planta herbácea vivaz, nativa da Europa, Norte de África, Sul da Ásia e América em solos argilo-siliciosos, húmidos e sombrios. Existe em quase todo o território de Portugal.

Partes Utilizadas:

Partes aéreas estéreis.

Constituintes:

Cerca de 10% de sais minerais (silícios 5 a 8%, potássicos 2,1 a 2,9% e baixo teor de magnésicos); heterósidos de flavonoides (isoquercitrósido, glucósidos de campferol); taninos; 5% do saponósido equisetonina, vestígios de alcaloides (equispermina, palustrina); vitamina C; ácidos fenólicos; manitol e inositol. A F.P. 9 indica que deve ter um teor mínimo de 0,3% de flavonoides totais, expressos em isoquercitrina (fármaco seco).

Utilizações:

Convalescença, como antiaterogénico, reconstituinte e remineralizante; na consolidação de fraturas, na osteoporose, nas doenças reumáticas. Infeções geniturinárias e prevenção de litíase urinária devido à ação diurética; obesidade acompanhada de retenção de líquidos. Menorragias, anemias. Coadjuvante no tratamento da hipertensão por diminuir os líquidos orgânicos, devendo ser conjugada com o Alho ou o Espinheiro-Branco. Estimula o crescimento do cabelo e unhas. Externamente em ulcerações dérmicas, inflamações orofaríngeas e dermatites.

Cavalinha

Contraindicações:

Não usar como diurético no caso de edemas devidos a insuficiência cardíaca ou renal, ou quando o doente toma cardiotónicos ou hipotensores por possibilidade de descompensação.

Efeitos Secundários e Toxicidade:

Não são conhecidos.

Formas de Administração e Posologia:

Infusão: 2 g por chávena, 3 ou mais chávenas por dia.

Cápsulas: 0,5 a 1 g, 2 vezes por dia.

Evidência Científica:

Segundo Danilo Maciel Carneiro et al. Phytomedicine. 2022, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado, foi concluído que o extrato de Equisetum arvense L. foi aplicado com sucesso no tratamento de pacientes com hipertensão arterial sistémica estágio I, diminuindo efetivamente os valores de tensão arterial sistólica e diastólica para os valores normais de referência, demonstrando um perfil semelhante à intervenção com hidroclorotiazida.

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