Cáscara-Sagrada

Cáscara-Sagrada (Rhamnus purshiana D.C.)

Habitat e Distribuição:

Árvore espontânea da região americana do Oceano Pacífico, desde o Norte dos Estados Unidos da América até à Colômbia.

Partes Utilizadas:

Cascas secas dos troncos e dos ramos.

Constituintes:

Derivados antraquinónicos (8 a 10%) onde predominam os cascarósidos A e B, em menor quantidade os C, D, aloínas e antraquinonas livres (crisofanol e emodol). Taninos, sais minerais, constituintes amargos. Segundo a F.P. 9, o fármaco seco deve conter 8,0% de heterósidos antraquinónicos, dos quais 60%, no mínimo, são constituídos por cascarósidos expressos em cascarósido A.

Utilizações:

Na obstipação ocasional. Como purgativo para limpeza intestinal.

Cáscara-Sagrada

Contraindicações:

Obstipação crónica; obstrução intestinal. Gravidez, aleitação, crianças menores de doze anos. Estados inflamatórios intestinais agudos (doença de Crohn, colite ulcerosa), dor abdominal de origem desconhecida. Menstruação.

Efeitos Secundários e Toxicidade:

Doses excessivas ou o seu uso em pessoas com maior sensibilidade ao fármaco, podem produzir espasmos intestinais, náuseas e vómitos. Os laxantes catárticos, quando usados sistematicamente dão habituação.

Formas de Administração e Posologia:

Cozimento: 1 colher de café ou de sobremesa por chávena.

Tintura (1:5): 40 a 60 gotas.

Pó: cápsulas de 250 mg. Em caso de necessidade pode repetir-se até 3 vezes por dia.

A ESCOP indica como dose diária, o equivalente a 20 a 30 mg de derivados hidroxiantraquinónicos calculados em cascarósido A.

Evidência Científica:

Segundo Muhammad Akram et al. Curr Pharm Biotechnol. 2022, através da presente revisão sistemática foi concluído que na forma de tratamento farmacológico, plantas medicinais como a cáscara-sagrada possuem um significativo potencial laxante.

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