Habitat e Distribuição:
Planta anual ou hibernante, originária da região mediterrânica, vegeta também na Europa Central, na América e Sul da Austrália, em solos secos. Muito cultivada. É frequente em Portugal.
Partes Utilizadas:
Aquénios (frutos secos).
Constituintes:
Mistura de diversos flavanolinhanos isómeros, denominada silimarina (1,5 a 3%) (silibina, silidianina, silicristina e outros em menor quantidade); flavonóides (β-sitosterol, quercetina, campferol, taxifolina, apigenósido); óleo fixo (20 a 30%) com elevada proporção de ácido linoleico (60%), oleico e palmítico, tocoferol e esteróis. Constituinte amargo, ácidos orgânicos (ácido fumárico), poliinas, proteínas (20 a 34%) e pequena quantidade de mucilagem.
Utilizações:
Hepatopatias inflamatórias crónicas e cirrose hepática. Insuficiência hepatobiliar, disquinésias hepatobiliares. Perda de apetite, dispepsias hipossecretoras, como colagogo.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
A planta recente pode provocar dermatites de contacto.
Formas de Administração e Posologia:
Extrato fluido (1:1): 25 a 50 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
Em casos de hepatites crónicas descrevem-se muito bons resultados ao ser associado, em partes iguais ao extrato de groselheira negra (Ribes nigrum).
Tintura (1.10): 50 a 100 gotas, 1 a 2 vezes por dia, entre as refeições.
Evidência Científica:
Segundo Alessandro Federico et al. Molecules. 2017, o Silybum marianum apresenta um efeito biológico notável, sendo utilizado em diferentes distúrbios hepáticos, particularmente doenças hepáticas crónicas, cirrose e carcinoma hepatocelular.