Habitat e Distribuição:
Arbusto normalmente de 2 a 3 metros, originário das regiões andinas do Chile com um clima próximo do mediterrânico, em colinas secas e de muito sol. Cultivado em Marrocos e Itália.
Partes Utilizadas:
Folhas.
Constituintes:
Os constituintes mais responsáveis pela ação farmacológica são os alcaloides de núcleo isoquinoleico, dos quais o maioritário é a boldina, cerca da terça parte dos alcaloides totais (0,25 a 0,50%), flavonoides (pneumósido, boldósido), taninos. O óleo essencial (2 a 3%), é constituído, principalmente por mais de 30% de hidrocarbonetos monoterpénicos (α-pineno, β-pineno, p-cimeno) e monoterpenos oxigenados (cineol, ascaridol, linalol, terpineol, eugenol e outros); glúcidos; lípidos. A Farmacopeia Portuguesa indica que a planta inteira deve conter, no mínimo, 20,0 ml/kg de óleo essencial e 0,1% de alcaloides totais, expressos em boldina.
Utilizações:
Doenças do fígado e vesicula biliar; perturbações digestivas dai resultantes; hepatites, colelitíase, disquinesia biliar. Enxaquecas relacionadas com disfunções biliares. Como diurético e antiespasmódico nas cistites.
Contraindicações:
Nas vias biliares obstruídas.
Formas de Administração e Posologia:
Infusões: 1 g por chávena, 3 a 4 chávenas por dia, antes das refeições.
Extrato seco (5:1): 50 mg por dose, 2 a 3 vezes ao dia.
Tintura (1:10): 50 gotas, 3 vezes por dia.
Evidência Científica:
Segundo Jesmin Mondal et al. J Integr Med. 2014, o extrato de boldo pode ser usado beneficamente em combinação com cisplatina para reduzir a sua toxicidade sem prejudicar o efeito anticancerígeno da cisplatina. Assim, estes resultados indicam um potencial uso do extrato de boldo na terapia anticancerígena.