Habitat e Distribuição:
Planta herbácea bienal, comum no hemisfério Norte, em regiões temperadas. Frequente em terrenos incultos e margens dos caminhos. É pouco frequente em Portugal.
Partes Utilizadas:
Raízes.
Constituintes:
Polissacáridos como inulina (45 a 60%) e mucilagens; lactonas sesquiterpénicas (hidrocostuslactona); ácidos fenólicos (ácidos cafeico, clorogénico, isoclorogénico e derivados do ácido cafeico); vestígios de óleo essencial; poliacetilenos (ácido arético, arctinona, arctinol, arctinal); fitosteróis (β-sitosterol e estigmasterol campesterol e seus ésteres); taninos, linhanos; sais potássicos.
Utilizações:
Digestões lentas, flatulências, dispepsias hipossecretoras, disquinésias hepatobiliares. Cistites e outras afeções geniturinárias. Usa-se como depurativa no tratamento de fundo de problemas dermatológicos como acne, seborreia, psoríase e na desintoxicação hepática. Topicamente em ulcerações, feridas, furunculose e outras afeções dermatológicas incluindo seborreia e queda de cabelo por infeção dos folículos pilosos e sebáceos.
Contraindicações:
Não usar na gravidez dada a existência de uma certa atividade estimulante uterina.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
A bardana é considerada muito segura para o uso humano, não se detetando toxicidade em doses adequadas.
Formas de Administração e Posologia:
Infusão: 4 g por chávena, 2 ou 3 chávenas por dia.
Pó: 2 a 5 g por dia, repartidas por várias tomas.
Extrato seco (5:1): 0,5 a 1 g por dia.
Evidência Científica:
Segundo Song-Chow Lin et al. J Biomed Sci. 2002, o tratamento com A. lappa pode aliviar a hepatotoxicidade induzida por etanol, sendo o seu mecanismo hepatoprotetor atribuído, pelo menos em parte, à sua atividade antioxidante, que diminui o stress oxidativo dos hepatócitos.
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Segundo Yuk-Shing Chan et al. Inflammopharmacology. 2011, os constituintes ativos presentes na raiz de Arctium lappa promovem a circulação sanguínea na superfície da pele, melhorando a sua qualidade/textura e curando doenças como o eczema.