Tulsi

Tulsi (Ocimum sanctum L.)

História:

Tulsi em sânscrito significa “único, incomparável”, sendo que o nome da espécie sanctum, faz referência ao caracter sagrado de que disfruta na Índia. A Tulsi, também conhecida como manjericão sagrado, encontra-se envolta em lendas e mitos, sendo uma das plantas mais antigas e reverenciadas no hinduísmo como manifestação da deusa Lakshmi (Tulsi), a consorte principal do deus Vishnu. O Senhor Krishna, um avatar (ser divino descido à Terra) de Vishnu, usa uma grinalda de folhas e flores de Tulsi em volta do pescoço. Cada parte da Tulsi contém um significado espiritual, com as raízes a simbolizarem a peregrinação religiosa, os ramos a representarem a divindade e, a coroa, a significar a compreensão das escrituras. O manjericão sagrado aparece cultivado em muitos templos, sendo os seus caules lenhosos usados ​​para fazer as contas do Japamala, cordão sagrado usado para ajudar o praticante de meditação a entrar num estado meditativo.

Compostos Terapêuticos:

Eugenol (31,9 a 50,4%), 1,8-cineol (12,6 a 16,5%), estragol (9,7 a 12,9%), β-bisaboleno (9,7 a 10,5%), α-bisaboleno (6,5 a 6,8%), β-ocimeno (3,4 a 6,2%), chavicol (0,7 a 2,0%), β-cariofileno (1,3 a 1,5%), canfeno (0,9 a 1,5%), α-cariofileno (0,4 a 1,5%), β-pineno (1,2 a 1,3%), germacreno D (0,8 a 1,2%), α-bergamoteno (0,9 a 1,1%), metil eugenol (0,2 a 0,3%).

Tulsi

Principais Indicações:

Adaptogénico, aumentando a resistência do corpo ao stress físico e emocional; regula os níveis de cortisol, melhorando a memória e cognição, ansiedade, depressão, insónia e dores de cabeça; indicado no hipotiroidismo; ação anti-inflamatória; melhora condições respiratórias. 

Segurança:

Pode inibir a coagulação sanguínea. Risco de interação com medicação anticoagulante. Com base num conteúdo de eugenol de 50.4%, é recomendada uma diluição máxima de 1% para uso dérmico.

Evidência Científica:

Segundo D Bhattacharyya et al. Nepal Med Coll J. 2008, através do presente ensaio clínico foi concluído que o Ocimum sanctum atenuou significativamente os transtornos de ansiedade/stress e depressão em humanos, podendo assim constituir-se como uma alternativa mais segura às Benzodiazepinas na terapia dos distúrbios clínicos relacionados com o stress.

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Segundo Suneetha Sampath et al. Indian J Physiol Pharmacol. 2015, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, foi concluído que o Ocimum sanctum apresenta um efeito favorável sobre certos parâmetros cognitivos, nomeadamente memória de curto prazo, flexibilidade cognitiva e atenção.

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