Mirra

Mirra (Commiphora myrrha (Nees) Engl)

História:

Descoberta há mais de 3700 anos pelos egípcios antigos que se referiam a ela como “as lágrimas de Hórus” e a utilizavam durante cerimónias religiosas e no perfume kyphi, a mirra é mais conhecida como um dos três presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus no Novo Testamento, vindo o seu nome referido na Bíblia 152 vezes. E embora a sua referência mais famosa tenha sido feita pelos hebreus bíblicos como óleo sagrado e religioso, as suas propriedades curativas foram amplamente utilizadas e documentadas da Grécia à China e Médio Oriente.

Compostos Terapêuticos:

Furanoeudesma-1,3-dieno (34,0%), furanodieno (19,7%), lindestreno (12,0%), β-elemeno (8,7%), germacreno B (4,3%), germacreno D (3,2%), δ-elemeno (2,1%), β-cariofileno (1,3%), β-bourbonene (1,2%), γ-cadineno (1,2%), γ-elemene (1,1%).

Mirra

Principais Indicações:

Analgésico; anti-inflamatório (inibidor da 5-lipoxigenase e da Elastase Leucocitária Humana); anticancerígeno (indutor da apoptose); hipolipidémico; antioxidante (inibição de oxigénio singleto). A Mirra é considerada uma substância que facilita a meditação profunda e ajuda na contemplação, sendo-lhe atribuída a capacidade de aumentar a consciência ao unir as energias espirituais e físicas. 

Segurança:

Não usar durante a gravidez e aleitação (pode ser fetotóxico).

Evidência Científica:

Segundo Bo Cao et al. Molecules. 2019, no Ocidente, o Frankincense e a Mirra têm sido utilizados em cerimónias religiosas e culturais desde os tempos antigos, sendo que na Medicina Tradicional Chinesa e Ayurveda são usados principalmente no tratamento de doenças crónicas.

Notoriamente, na Medicina Tradicional Chinesa, o Frankincense e a Mirra têm vindo a ser prescritos em conjunto há milhares de anos, com a sua combinação a apresentar um efeito terapêutico sinérgico devido a uma série de alterações na sua composição química, como o aumento ou diminuição dos princípios ativos principais, o desaparecimento de componentes químicos nativos e o surgimento de novos componentes químicos.

Assim, os efeitos farmacológicos resultantes da combinação destes dois óleos essenciais são extensos e significativos, parecendo magicamente poderosos, nomeadamente os seus efeitos anti-inflamatórios, anti cancro, analgésicos, antibacterianos e outros.

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