Habitat e Distribuição:
Planta herbácea perene, espontânea na Europa, em prados e pastagens de solos ácidos de montanha. Em Portugal cresce nas areias, prados e pastagens de montanha.
Partes Utilizadas:
Flores (capítulos florais), por vezes, a raiz, o que é desaconselhado, pois a arnica é uma espécie protegida.
Constituintes:
Lactonas sesquiterpénicas 0,2 a 1,5% (tiglato de helenalina e de di-hidrohelenalina); óleo essencial 0,2 a 3,5% (n-alcanos, compostos monterpénicos e sesquiterpénicos); ácidos fenólicos e seus derivados (ácido cafeico e clorogénico); glicósidos flavónicos (0,4 a 0,6); cumarinas (umbeliferona, escopoletina); fitosteróis.
A Farmacopeia Portuguesa 9 indica que as flores secas de Arnica montana devem conter, no mínimo 0,40% (p/p) de sesquiterpenos lactónicos totais, expressos em tiglato de helenalina, calculado em relação ao fármaco seco.
Utilizações:
Empregue topicamente como anti-inflamatório e vulnerário em contusões, luxações, artrites, equimoses, flebites superficiais e outras insuficiências venosas crónicas, edemas, irritações cutâneas como acne, furunculose, picadas de insetos e urticária. Inflamações orofaríngeas.
Contraindicações:
Não usar em feridas superficiais.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
Não usar por administração oral, devido à toxicidade da planta.
Formas de Administração e Posologia:
Uso tópico: infusão com base em 3 g de flores secas para 150 ml de água (aplicar em compressas, 2 a 3 vezes ao dia). Pode ser aplicada também a tintura (diluída em 4 partes de água), ou o extrato glicólico (1:5) em forma de cremes ou géis.
Uma formulação caseira bastante utilizada com ação antirreumático é constituída por tintura de arnica 25 cc + cânfora 10 g + álcool 500 cc.
Homeopatia: em forma homeopática, pode ser empregada em uso interno sem inconvenientes.
Evidência Científica:
Segundo Stephanie Maxine Ross; Holist Nurs Pract. 2008, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado, foi concluído que o gel de arnica foi semelhante ao gel de ibuprofeno na osteoartrite em relação à capacidade funcional da mão, intensidade da dor, número de articulações dolorosas e gravidade da rigidez matinal. Além disso, ficou também demostrado que não apenas as melhorias em todos os parâmetros foram semelhantes, como também clinicamente relevantes.