Habitat e Distribuição:
Planta anual, nativa da América tropical, cultivada em terrenos sílico-argilosos. Muito cultivada nos Açores.
Partes Utilizadas:
Parte central do fruto maduro.
Constituintes:
Fibras, enzimas proteolíticas (bromelaina, mistura de enzimas proteolíticas), glúcidos (12 a 15%), sais minerais, vitaminas do complexo B, vitamina C e ácidos orgânicos (cítrico, málico e tartárico).
Na terapêutica é usado o extrato lipídico no qual se encontram fitoesteróis livres (β-sitosterol que predomina, campesterol, ácido ursólico e outros) e combinados sob a forma de glucósidos (principalmente com o β-sitosterol); álcoois alifáticos livres (n-tetracosanol, n-docosanol) e combinados principalmente com ácido mirístico; terepenos pentacíclicos e flavonóides livres; ácidos orgânicos (ferúlico e outros) livres e sob a forma de ésteres e recentemente isolado o ácido atrárico.
Utilizações:
Inflamações osteoarticulares; edemas inflamatórios, celulite. A bromelaina está comercializada em comprimidos gastroresistentes como anti-inflamatório. Digestivo e diurético. Em afeções das vias respiratórias e nas cutâneas, como acne, cravos, feridas superficiais, úlceras e na psoríase. Tratamento da celulite em cremes. A parte central do ananás é usada nas curas de emagrecimento, pelo seu alto conteúdo em fibra.

Contraindicações:
Não tomar se houver tendência a hemorragias e na presença de úlcera gastroduodenal.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
Não são conhecidos. A bromelaina é desprovida de toxicidade, no entanto, alguns casos de alergia têm sido referidos.
Formas de Administração e Posologia:
500 a 1000 mg de bromelaina por dia, 30 a 45 minutos antes das refeições. Pode ultrapassar-se as 2000 mg por dia, em casos mais graves.
Evidência Científica:
Segundo Thitima Kasemsuk et al. Clin Rheumatol. 2016, através do presente ensaio clínico randomizado, simples-cego e controlado, foi concluído que, após 4 semanas de tratamento, a bromelaína foi tão eficaz na redução dos sintomas de osteoartrite do joelho leve a moderada quanto o diclofenaco.
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Segundo Omer Waleed Majid e Bashar Adil Al-Mashhadani; J Oral Maxillofac Surg. 2014, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a bromelaína oral é uma terapia eficaz para melhorar a qualidade de vida após a remoção cirúrgica dos terceiros molares inferiores, com um efeito nas sequelas pós-operatórias comparável ao do diclofenaco sódico.