Habitat e Distribuição:
Planta herbácea perene, originária do Norte de África. Cultivada em solos ricos e argilosos na região mediterrânica, admitindo-se ser derivada de C. cardunculus L. (cardo-do-coalho) por seleção natural. Cultivada em Portugal.
Partes Utilizadas:
Folhas basais, de preferência do primeiro ano.
Constituintes:
Cinaropicrina, lactona sesquiterpénica amarga, para além de outras (de-hidrocinaropicrina, cinaratriol); cinarina, (ácido 1,3-dicafeilquinico) e outros dépsidos de ácidos aromáticos (cafeico, quínico); flavonóides derivados da luteolina, tais como cinarósido, escolimósido e cinaratrósido; mucilagem, pectina, inulina, fitosteróis (β-sitosterol, estigmasterol) e sais minerais.
Utilizações:
Perturbações digestivas, em particular as resultantes de mau funcionamento da vesicula biliar, com ou sem litíase. Doenças do fígado como hepatites, cirrose, intoxicação hepática. Como preventivo da aterosclerose, dadas as suas propriedades normalizadoras dos lipídios séricos. Pela sua ação diurética, é também usada tradicionalmente nas situações acompanhadas de oligúria, cistites, edemas, hipertensão arterial, obesidade, hiperuricemia, litíase renal, certos reumatismos e como depurativo. Tónico em convalescenças.
Contraindicações:
Na litíase biliar só deve ser utilizada sob acompanhamento de um naturopata. Não prescrever a mães que amamentam, pois, os constituintes amargos alteram o sabor do leite materno.
Efeitos Secundários e Toxicidade:
São conhecidas manifestações alérgicas por contacto ou uso oral, provocadas pela planta.
Formas de Administração e Posologia:
Em xarope: 1 a 2 ml por dia.
Em comprimidos: 0.5 a 2 g por dia durante as refeições.
Evidência Científica:
Segundo Yunes Panahi et al. Phytother Res. 2018, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a suplementação com extrato de alcachofra, demostrou efeitos benéficos sobre os parâmetros hepáticos em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica.