A Naturopatia nas Doenças da Primavera

O início da primavera é caracterizado por dias mais quentes, chuva, pólen no ar e muitos espirros, tosse e congestão nasal.

Sendo as alergias e as constipações bastante frequentes nesta altura do ano, ao apresentarem sintomas muito semelhantes entre si, pode, por vezes, ser difícil distingui-las.

As constipações são causadas por vírus, enquanto as alergias sazonais são respostas do sistema imunitário desencadeadas pela exposição a alérgenos como o pólen.

Naturopatia

A Naturopatia através das suas diferentes valências e modalidades terapêuticas, nomeadamente o Aconselhamento Dietético Naturopático, a Fitoterapia, a Aromaterapia, a Suplementação Ortomolecular, a Homeopatia, ou as Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar, constitui-se como alternativa eficaz e segura nas doenças da primavera.

Alergias Sazonais

As alergias sazonais desenvolvem-se geralmente durante a primavera, verão ou outono, quando o sistema imunitário reage, exageradamente, a fatores ambientais que normalmente não incomodaria a maioria das pessoas.

As alergias sazonais afetam atualmente entre 10% a 30% da população adulta em todo o mundo e até 40% das crianças, sendo que as reações alérgicas ao pólen têm vindo a aumentar em frequência e gravidade durante as últimas décadas.

As características diferenciadoras das alergias sazonais em relação à constipação incluem a sua duração (por vezes meses) e a comichão nos olhos.

Evidência Científica

Segundo Jeffrey Ni et al. BMC Pediatr. 2019, a administração de antibióticos no primeiro ano de vida e ao longo da vida, está significativamente associada ao desenvolvimento de asma e rinite alérgica. Estes resultados fornecem suporte para uma abordagem conservadora em relação ao uso de antibióticos na primeira infância.

Validação Científica dos Benefícios da Naturopatia nas Alergias Sazonais

Aconselhamento Dietético Naturopático

Segundo Caroline Roduit et al. Allergy. 2019, uma estratégia dietética capaz de aumentar os níveis de ácidos gordos de cadeia curta (metabólitos produzidos no cólon pela fermentação bacteriana da fibra alimentar), pode constituir-se como uma opção preventiva para as doenças alérgicas.

Fitoterapia

Segundo Sihai Wu e Dajiang Xiao; Ann Allergy Asthma Immunol. 2016, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a curcumina possui capacidade de melhorar a respiração nasal e modular a resposta imune em pacientes com rinite alérgica.

Aromaterapia

Segundo T Inoue et al. Biol Pharm Bull. 2001, os presentes resultados sugerem que a Mentha piperita L. pode ser clinicamente eficaz no alívio dos sintomas nasais da rinite alérgica.

Suplementação Ortomolecular

Segundo Carolina Maldonado Galdeano et al. Ann Nutr Metab. 2019, os probióticos revelam-se como uma estratégia segura e natural na prevenção e tratamento das alergias.

Segundo Eric R Secor Jr et al. Cell Immunol. 2005, A bromelaína atenuou o desenvolvimento de doenças alérgicas das vias respiratórias ao alterar as populações de linfócitos T CD4+ para CD8+.

Segundo Morteza Jafarinia et al. Allergy Asthma Clin Immunol. 2020, através da presente revisão sistemática foi concluído que a quercetina é um bom candidato como suplemento no controle e tratamento de doenças alérgicas, especialmente rinite.

Homeopatia

Segundo Linda S Kim et al. Ann Pharmacother. 2005, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que preparações homeopáticas com alérgenos comuns, apresentam potenciais benefícios na redução dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida em pacientes com rinite alérgica sazonal.

Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar

Segundo Wannaporn Tongtako et al. Asian Pac J Allergy Immunol. 2018, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado, foi concluído que o exercício físico aeróbico melhorou significativamente a rinite alérgica e os perfis de citocinas.

Constipação

A constipação é uma infeção das vias respiratórias superiores (nariz e garganta).

Normalmente os vírus responsáveis pela constipação (rinovírus) encontram-se mais ativos no início do outono, primavera e verão e, mesmo que raramente provoquem doença grave, as comorbilidades ou um sistema imunitário enfraquecido, podem representar um risco acrescido.

As características diferenciadoras da constipação, em relação às alergias sazonais incluem a sua duração (3 a 14 dias), as dores leves no corpo e a febre baixa.