A causa mais comum para um fígado gordo não é o consumo de álcool, mas sim a esteatose hepática não alcoólica.
Sendo que esta acontece a partir de um aumento de 5% no peso do fígado devido à acumulação de gordura.
A acumulação de gordura vai resultar num aumento do tamanho do fígado causando fibrose (formação de tecido conjuntivo como parte de um processo de cicatrização).
Quando essa cicatrização começa a destruir as células hepáticas funcionais, dá-se a cirrose.
Fatores relacionados com a esteatose hepática não alcoólica:
- Calorias em excesso
- Colesterol alimentar
- Gordura saturada
- Açúcar refinado
- Medicamentos
Evidência Científica
Segundo L Miele et al. Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2017, medicamentos como a amiodarona, tamoxifeno, irinotecano, metotrexato, ácido valpróico ou os glicocorticoides, têm sido associados com a esteatose hepática.
Naturopatia
A Naturopatia através das suas diferentes valências e modalidades terapêuticas, nomeadamente o Aconselhamento Dietético Naturopático, a Fitoterapia, a Aromaterapia, a Suplementação Ortomolecular, a Homeopatia, ou as Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar, constitui-se como a melhor opção para prevenir ou mesmo reverter a esteatose hepática não alcoólica, antes que esta possa evoluir para condições mais graves como a cirrose ou cancro.
Aconselhamento Dietético Naturopático
Segundo Shira Zelber-Sagi et al. J Hepatol. 2007, um maior consumo de carne e refrigerantes está associado à esteatose hepática não alcoólica.
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Segundo Kenichiro Yasutake et al. Scand J Gastroenterol. 2009, o colesterol alimentar presente nos ovos, carne e lacticínios, pode oxidar e originar uma reação em cadeia que vai resultar em excesso de gordura no fígado.
Segundo Masahiro Kikuchi et al. World J Gastroenterol. 2015, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que os germinados de brócolos ricos em sulforafano, são altamente eficazes na melhoria da função hepática em pacientes com esteatose hepática.
Fitoterapia
Segundo Guoyan Jiang et al. Bioengineered. 2022, a silimarina foi o principal componente derivado do Silybum marianum, que exibiu ação hepatoprotetora na esteatose hepática não alcoólica.
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Segundo Yunes Panahi et al. Phytother Res. 2018, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a suplementação de alcachofra, melhorou os parâmetros hepáticos em pacientes com esteatose hepática não alcoólica.
Segundo Min Young Um et al. Basic Clin Pharmacol Toxicol. 2013, a curcumina atenua a esteatose hepática induzida por uma alimentação rica em gordura/colesterol, regulando o metabolismo lipídico hepático via ativação da AMPK.
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Segundo S M Koshy et al. Climacteric. 2015, a amla, pela modulação de algumas das principais proteínas envolvidas no metabolismo lipídico, revela utilidade como agente preventivo para a dislipidemia e esteatose hepática.
Suplementação Ortomolecular
Segundo Weijian Hang et al. Front Pharmacol. 2021, a N-acetil cisteína melhora a esteatose hepática não alcoólica induzida por uma alimentação rica em gordura.
Segundo Hye Rim Jang et al. Exp Mol Med. 2019, o Lactobacillus rhamnosus previne o desenvolvimento de esteatose hepática induzida pela alimentação.
Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar
Segundo Cécile Héliès-Toussaint et al. Toxicol Appl Pharmacol. 2014, tanto o Bisfenol A quanto o Bisfenol S, podem estar envolvidos nos processos de obesidade e esteatose hepática, mas através de vias metabólicas diferentes.
Segundo Hui-Jie Zhang et al. JAMA Intern Med. 2016, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado, foi concluído que tanto o exercício físico vigoroso como o moderado, foram eficazes na redução do conteúdo de triglicerídeos intra-hepáticos, sendo que o efeito parece ser largamente mediado pela perda de peso.
Bibliografia:
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