A rosácea é uma doença inflamatória da pele que afeta nariz, faces, testa e queixo, ocorrendo normalmente por volta da terceira ou quarta década de vida.
A rosácea normalmente começa com um leve rubor que não desaparece, sendo que se for tratada precocemente, a condição pode não progredir ou até diminuir. No entanto, em casos avançados pode causar espessamento e vermelhidão permanentes, principalmente no nariz.
Qualquer fator que dilate os vasos sanguíneos no rosto pode levar a um surto de rosácea, sendo os mais comuns o álcool, líquidos quentes, café, alimentos condimentados ou gordurosos, temperaturas extremas, exposição ao sol, vento forte e stress.
E se os fatores que agravam a rosácea são conhecidos, a causa subjacente ainda não o é, no entanto, sabe-se que condições de pele geralmente apontam para algum tipo de problema do sistema digestivo.
Evidência Científica
Segundo Britta De Pessemier et al. Microorganisms. 2021, o microbioma desempenha um importante papel numa ampla variedade de doenças de pele, sendo que muitas dessas doenças são acompanhadas por um microbioma intestinal alterado.
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Segundo Md Rayhan Mahmud et al. Gut Microbes. 2022, a coexistência de várias comorbidades gastrointestinais com a rosácea, conecta a condição com um microbioma intestinal alterado.
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Segundo A Egeberg et al. Br J Dermatol. 2017, a prevalência de doença celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, infeção por Helicobacter pylori, supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) e síndrome do intestino irritável, é maior entre pacientes com rosácea.
O tratamento convencional da rosácea envolve a prescrição de antibióticos que devem ser tomados continuamente. E embora pessoas com casos graves que podem levar à desfiguração possam querer considerar a medicação, evitar os fatores que agravam a condição e melhorar a saúde do sistema digestivo, pode ser uma melhor opção na maioria dos casos.
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Segundo M P Francino; Front Microbiol. 2016, a composição da microbiota intestinal pode ser rapidamente afetada pela exposição a antibióticos, com potenciais efeitos negativos imediatos na saúde.
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Segundo Ronald McDowell et al. Br J Cancer. 2022, os resultados do presente estudo sugerem que os antibióticos podem ser um fator na formação de tumores no cólon em todas as faixas etárias.
Naturopatia
Assim, a naturopatia através das suas diferentes valências e modalidades terapêuticas, nomeadamente o Aconselhamento Dietético Naturopático, a Fitoterapia, a Aromaterapia, a Suplementação Ortomolecular, a Homeopatia, ou as Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar, pode constituir-se como alternativa viável no tratamento da rosácea.
Aconselhamento Dietético Naturopático
Segundo Hannah D Holscher; Gut Microbes. 2017, estudos em humanos revelam que uma maior ingestão de fibras alimentares está associada ao aumento da diversidade da comunidade microbiana gastrointestinal.
Segundo Toshio Taira et al. J Clin Biochem Nutr. 2015, os polifenóis dietéticos melhoram os distúrbios na microbiota intestinal causados por uma alimentação rica em gordura.
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Segundo Amy E Galena et al. PLoS One. 2022, o consumo de vegetais fermentados durante seis semanas pode resultar em alterações benéficas na composição da microbiota intestinal
Fitoterapia
Segundo Wissam Zam; J Nutr Metab. 2018, a suplementação com curcumina reduziu o número de enterobactérias e enterococos pró-inflamatórios e aumentou o número de bifidobactérias e lactobacilos anti-inflamatórios.
Aromaterapia
Segundo Gabriela L da Silva et al. An Acad Bras Cienc. 2015, os resultados do presente estudo revelam a atividade analgésica e anti-inflamatória do óleo essencial de lavanda e demonstram o seu importante potencial terapêutico.
Suplementação Ortomolecular
Segundo Magdolna Szántó et al. Exp Dermatol. 2019, a existência de um eixo intestino-pele é apoiada por crescentes evidências, com estudos a ligaram as doenças inflamatórias da pele a uma microbiota intestinal desequilibrada. Assim, a modulação da microbiota intestinal para melhorar condições da pele, parece ser uma abordagem viável. A esse respeito, os probióticos orais podem ser uma modalidade simples, segura e barata no controle terapêutico da inflamação da pele.
Recomendações Essenciais de Saúde e Bem-estar
Segundo Siobhan F Clarke et al. Gut. 2014, os resultados do presente estudo fornecem evidências do impacto benéfico do exercício físico na diversidade da microbiota intestinal.
Segundo Kumail K Motiani et al. Med Sci Sports Exerc. 2020, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado, foi concluído que o exercício físico melhora os perfis da microbiota intestinal e reduz a endotoxemia.
Bibliografia:
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The effects of fermented vegetable consumption on the composition of the intestinal microbiota and levels of inflammatory markers in women: A pilot and feasibility study https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0275275
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