As algas comestíveis são um ingrediente bastante utilizado na culinária asiática, especialmente na cozinha japonesa, sendo estas bastante ricas em fibras e minerais, além de vitaminas e antioxidantes.
Na Europa, as algas do Mediterrâneo foram usadas como medicamento desde os tempos da Grécia antiga e Império Romano, com um dos registos mais antigos na Islândia datado de 961 a.C., a incluir regulamentação detalhada sobre os direitos de propriedade costeira a serem respeitados na coleta de vegetais do mar.
Os Havaianos antigos usavam diferentes tipos de algas marinhas como alimentos, medicamentos e até mesmo nos seus colares tradicionais conhecidos por leis.
Os Tonganeses acreditavam que a alga castanha Limu Moui lhes daria longevidade e boa saúde, tendo esta sido oferecida ao capitão Cook quando visitou Tonga em 1777, para lhe restaurar a força e a energia.
Algumas das algas mais usadas na culinária são:
- Wakame
- Kombu
- Nori
- Aramé
- Dulse
- Hiziki
- Agar-agar
- Alface do mar
Pessoas a tomarem medicamentos para a tiroide, devem certificar-se com um profissional de saúde antes de adicionar as algas à alimentação.
Evidência Científica
Ricas em Compostos Bioativos Únicos
Segundo Emma S Brown et al. Nutr Rev. 2014, as algas marinhas podem desempenhar um importante papel na modulação das doenças crónicas. Ricas em compostos bioativos únicos não presentes em fontes alimentares terrestres, as algas marinhas são uma fonte de compostos com potencial aplicação na saúde humana, sendo que os benefícios podem incluir as propriedades antivirais, anti cancro e anticoagulantes, bem como a capacidade de modular a saúde intestinal e os fatores de risco para a obesidade e diabetes.
Ricas em Antioxidantes
Segundo Yin Yin Chia et al. BMC Complement Altern Med. 2015, as algas Padina tetrastromatica, Caulerpa racemosa e Turbinaria ornata, amplamente consumidas pelos povos asiáticos como alimentos nutracêuticos, são fontes ricas de antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos, o que pode contribuir para os seus benefícios medicinais, incluindo a atividade antimicrobiana, antiviral, anti-hipertensiva e anticoagulante.
Retardam o Processo de Envelhecimento
Segundo Lei Cao et al. Mar Drugs. 2020, através da presente revisão sistemática, foi concluído que as algas marinhas podem modular as vias de regulação do envelhecimento ou mesmo prolongar a vida.
Alteram Favoravelmente o Metabolismo do Estrogénio
Segundo Jane Teas et al. J Nutr. 2009, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, foi concluído que as algas marinhas na alimentação, alteram favoravelmente o metabolismo do estrogénio e fitoestrogénios em mulheres na pós-menopausa.
Melhoram a Qualidade de Vida em Mulheres na Menopausa
Segundo A D Genazzani et al. Minerva Ginecol. 2010, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado por placebo, foi concluído que a suplementação com extratos de algas Klamath, melhorou a qualidade de vida, o humor, a ansiedade e a atitude depressiva em mulheres na menopausa.
Bibliografia:
Seaweed and human health https://academic.oup.com/nutritionreviews/article/72/3/205/1853561?login=false
Antioxidant and cytotoxic activities of three species of tropical seaweeds https://bmccomplementmedtherapies.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12906-015-0867-1
Potential Anti-Aging Substances Derived from Seaweeds https://www.mdpi.com/1660-3397/18/11/564
Dietary seaweed modifies estrogen and phytoestrogen metabolism in healthy postmenopausal women https://academic.oup.com/jn/article/139/5/939/4670381?login=false
Effects of Klamath Algae extract on psychological disorders and depression in menopausal women: a pilot study https://www.minervamedica.it/en/journals/minerva-obstetrics-gynecology/article.php?cod=R09Y2010N05A0381