Também conhecida como Raiz Dourada, a Rhodiola rosea pode ser encontrada em climas frios correspondentes às regiões do Ártico, norte da Ásia e montanhas de grande parte da Europa, como os Alpes, Pirenéus, Cárpatos, ilhas britânicas, Escandinávia e Islândia, onde é relatado que os vikings consumiam a sua raiz para lhes dar força e resistência.
Na China antiga, os imperadores enviavam expedições à Sibéria em busca da Raiz Dourada, sendo a sua infusão usada para tratar gripes e constipações.
Na Grécia antiga, Dioscórides menciona no seu tratado Matéria medica, uma planta à qual denominou rodia riza, tratando-se, possivelmente, desta mesma espécie.
Sendo a Rhodiola rosea originária de climas frios, ela chega à Grécia durante a Idade do Bronze quando os gregos cruzaram o Mar Egeu em expedições comerciais e chegaram a Cólquida, região a sul do Cáucaso e a leste do mar Negro na atual República da Geórgia onde existe o clima perfeito para o seu cultivo.
Mais tarde, a Rhodiola foi também mencionada em diferentes matérias médicas de vários países europeus, sendo uma delas a de Lineu em 1749 que reconhecia o seu uso em casos de cefaleias, histeria, hérnias ou leucorreia.
Lineu atribuiu o nome da espécie rosea em alusão à fragância similar à das rosas quando se corta o seu rizoma.
A Rhodiola aparece ainda na primeira edição da farmacopeia da Suécia em 1755.
Na Sibéria, tradicionalmente a Rhodiola é oferecida aos novos casais na esperança de aumentar a sua fertilidade e incentivar o nascimento de bebés saudáveis.
Além disso, as famílias siberianas sempre utilizaram a Rhodiola como moeda de troca por mel, vinho e frutas.
Evidência Científica
Fadiga Relacionada Com o Stress
Segundo Erik M Olsson et al. Planta Med. 2009, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que o extrato de Rhodiola rosea apresenta um efeito positivo sobre os níveis de fadiga relacionada com o stress. Além disso, é sugerido que o efeito inibitório da Rhodiola sobre o aumento do nível basal de cortisol, resulte numa melhoria da função cognitiva.
Stress e Ansiedade
Segundo Mark Cropley et al. Phytother Res. 2015, através do presente ensaio clínico randomizado e controlado, foi concluído que a Rhodiola rosea é bem tolerada e eficaz no tratamento do stress e ansiedade moderados, além de reduzir os níveis de irritação, confusão mental e depressão.
Ação Antidepressiva
Segundo V Darbinyan et al. Nord J Psychiatry. 2007, através do presente ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, foi concluído que a Rhodiola rosea apresenta uma potente ação antidepressiva em pacientes com depressão leve a moderada.
Ação Adaptogénica
Segundo Panossian et al. Phytomedicine. 2010, através da presente revisão sistemática foi concluído que o efeito adaptogénico da Rhodiola, aumenta a atenção e a resistência e diminui distúrbios induzidos pelo stress e relacionados com a função dos sistemas neuroendócrino e imunitário.
Bibliografia:
A randomised, double-blind, placebo-controlled, parallel-group study of the standardised extract shr-5 of the roots of Rhodiola rosea in the treatment of subjects with stress-related fatigue https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0029-1235006
The Effects of Rhodiola rosea L. Extract on Anxiety, Stress, Cognition and Other Mood Symptoms https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ptr.5486
Clinical trial of Rhodiola rosea L. extract SHR-5 in the treatment of mild to moderate depression https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/08039480701643290?journalCode=ipsc20
Rosenroot (Rhodiola rosea): traditional use, chemical composition, pharmacology and clinical efficacy https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S094471131000036X